top of page

Amor, moderno amor

  • Foto do escritor: João Paulo Miranda
    João Paulo Miranda
  • 2 de fev.
  • 1 min de leitura

ree


Caminham pela praça, a passo lento,

O vento sussurra histórias ao tempo.

A cidade pulsa em seu ritmo apressado,

Mas ali, na calma, o amor é falado.


O amor moderno, vasto e veloz,

Promessas digitais ditas sem voz.

Encontros que vêm, amores que vão,

Como folhas dançando sem direção.


Conectar-se é fácil, manter-se é raro,

Tudo ao alcance, e ainda assim tão caro.

Tantas opções, escolhas sem fim,

Mas quem realmente espera por mim?


A liberdade de amar sem correntes,

Ou corações fugindo, sempre ausentes?

Amar já foi luta, já foi sacrifício,

Hoje, por medo, se foge do início.


Paixões são faíscas, queimam e somem,

Vidas separadas por telas que consomem.

Será que ainda há espaço para nós,

Ou estamos perdidos, a sós?


Mas há quem acredite, quem ainda persista,

Quem busque um amor que resista.

Quem veja no outro um espelho sincero,

Quem sinta o afeto, quem ame por inteiro.


E ao fim da praça, em um banco esquecido,

Um casal de velhos, amor envelhecido.

Mãos entrelaçadas, sem medo, ora essa,

O amor ali vive, sem regras, sem pressa.


Eles sorriem, sem precisar de palavras,

E no olhar se encontra a provas claras.

Que o tempo não mata o que é verdadeiro,

E o amor, mesmo frágil, sempre encontra um jeito.


por Monologando

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page